O rei dos dividendos - Resenha crítica - Luiz Barsi Filho
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O rei dos dividendos - resenha crítica

O rei dos dividendos Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Investimentos & Finanças e Biografias & Memórias

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 9786555644753

Editora: Sextante

Resenha crítica

O menino do Quintalão

Luiz Barsi Filho nunca teve a expectativa de ser um homem rico. Na verdade, seu objetivo era apenas não voltar à pobreza de onde veio. O futuro megainvestidor passou a infância no Quintalão, um cortiço no Brás, em São Paulo, dividido entre vários imigrantes pobres. Começou a ganhar os primeiros trocados com a mãe, na adolescência. 

Enquanto a mãe trabalhava no cinema, Barsi corria pelos corredores do estabelecimento vendendo uvas passas embaladas. Depois, aprendeu a costurar e a engraxar sapatos, atividades que se tornaram futuros trabalhos. Até hoje, tem o hábito de engraxar seus próprios sapatos e costurar suas meias. 

O contabilista

Com muito sacrifício, a mãe de Barsi conseguiu pagar uma escola particular e um curso técnico de contabilidade. O jovem também arrumou um emprego em um escritório contábil, o que o ajudou a desenvolver o talento para ler balanços de pagamentos e analisar empresas. 

Do curso técnico, conseguiu se formar em economia e contabilidade, à custa de muito trabalho. Trabalhava de dia e estudava de noite. Formado, deu aula de contabilidade, se filiou a uma ordem de economistas e conheceu a bolsa de valores. Aos 30 anos, desenvolveu um interesse crescente pelo mundo dos investimentos. 

O investidor iniciante

A bolsa de valores funcionava de forma diferente da que conhecemos hoje. Não havia a polidez de acessar um home broker pelo computador. Os investimentos eram feitos manualmente por investidores eufóricos que gritavam em uma sala. Era o chamado “pregão viva voz”. 

Barsi nunca se interessou muito pelo “trade”, investimentos de compra e venda rápida de ações no mesmo dia. Para ele, era mais lucrativo buscar calmamente poucas ações que pagam bons dividendos. Parte das lições foram aprendidas com Herbert Cohn, um investidor solitário e brilhante com quem Barsi fez amizade. 

O sócio de corretora

O crescimento do mercado de capitais trouxe um crescimento financeiro considerável para Barsi. Um de seus empreendimentos foi a criação de uma corretora de valores junto com outros três investidores. Só que isso o afastou de sua principal vocação: operar ações. 

Por isso, o investidor vendeu sua parte na corretora e voltou a atuar como operador para alguns clientes. Uma das formas que fez para conseguir popularidade e atrair clientes foi escrever para jornais. Em uma coluna, Barsi se tornou o primeiro a escrever um texto sobre mercado financeiro na imprensa, ainda nos anos de 1970. 

O equilibrista

As primeiras décadas de operação da bolsa foram nebulosas. A regulamentação ainda não era muito precisa, o que fazia com que surgissem fraudes capazes de enganar alguns investidores. Barsi lembra de uma popular de sua geração, quando os papéis de Nagib Audi tiveram uma valorização pouco natural, que pareceu milagrosa. 

Após uma hipervalorização pouco sustentável, foi descoberto um esquema de manipulação de contratos. O feeling de investidor experiente impediu Barsi de entrar na fraude. Para os que investiram, as ações viraram pó e Audi escapou para a Europa. 

O teórico

Antes das atuais reformas, Barsi já percebeu que a previdência pública era um projeto insustentável. Com seus próprios cálculos, entendeu que se aposentar por meio de empresas que pagam bons dividendos fazia mais sentido do que contribuir para o antigo INPS. 

Isso não se baseava na especulação, mas em um sério projeto de longo prazo. Essa filosofia virou o lema “ações pagam o futuro”, que deu origem a seu primeiro livro. O foco de Barsi passou a ser uma carteira de previdência de ações, com uma proposta de aposentadoria similar à dos norte-americanos. 

O milionário

Barsi aprendeu a operar calmamente e, com a mentalidade de dono, criou sua filosofia pessoal de investimentos. Para isso, evitou empresas de setores muito sensíveis às crises, como o varejo. Preferiu comprar aos poucos, pelo menor valor possível, contrariando a mentalidade difundida do trade. 

Se os outros investidores focavam em comprar e vender rapidamente, Barsi preferia manter suas 12 empresas no portfólio pagando dividendos. Aos poucos, sua filosofia de carteira previdenciária foi dando resultados. Com os investimentos, conseguiu juntar seu primeiro milhão e usou parte para trocar a quitinete da mãe por um apartamento. 

O aposentado

No final da década de 1970, Barsi percebeu que não precisava mais trabalhar. Já poderia se aposentar antes de completar 40 anos. Só que isso não fez com que o investidor abandonasse a vida de investimentos. 

A única diferença é que a aplicação passou a ser feita com dinheiro dos próprios dividendos, em vez de do próprio bolso. Barsi também prefere manter um estilo de vida simples, sem os gastos extravagantes que considera que são frutos do ego. Prefere, por exemplo, ter um carro comum a um de luxo. 

A raposa

Barsi enfatiza a importância de manter a decisão de investimento, mesmo diante de maus executivos. O investidor acredita que existe uma diferença entre bolsa e mercado. Se o mercado é onde as negociações acontecem, a bolsa é a parte administrativa que nem sempre protege os investidores. 

Existe desigualdade nos investimentos que não são resolvidas pela bolsa. Os fundos, por exemplo, prejudicam os pequenos investidores e criam desequilíbrios. O mesmo vale para a locação de ações, uma prática popular que distorce o mercado. 

O crítico da agiotagem

Já passamos da metade deste microbook e Barsi defende que a renda fixa brasileira é um projeto frágil, o qual chama de “perda fixa”. Parte do apego que o brasileiro tem a investimentos pouco rentáveis como a poupança se deve à “mentalidade de agiota”. 

É um erro presumir que empresas não são apostas seguras, já que os dados dos balanços são públicos. O risco só é grande apenas para especuladores, para os quais o ganho é incerto. Barsi prefere a alternativa não especulativa de comprar, guardar e reinvestir para se proteger eficientemente da inflação. 

O investidor protegido

Barsi usou as ações como forma de se proteger da hiperinflação do final dos anos de 1980. Isso garantiu suas finanças em momentos difíceis. Seus investimentos também ficaram protegidos durante o plano Collor, enquanto os que deixaram seu dinheiro na poupança sofreram. 

Collor não tocou em ações, porque não são instrumentos de crédito. Para Barsi, essa é mais uma evidência de que ações são seguras. O investidor também lembra de como sua estratégia cautelosa o protegeu de fraudes. É o caso da quebra da bolsa nos anos 2000, provocada pelas manipulações de preços e pela venda de ações para si por meio de laranjas feitas pelo obscuro Naji Nahas, um investidor libanês que fez fortuna em transações de alto risco.

O consultor

Em sua ligação com corretoras, Barsi sempre advogou a ideia da carteira previdenciária e da busca por dividendos. Isso fez com que encontrasse sua vocação no trabalho como consultor independente. Não queria ser sócio, porque isso o faria deixar de fazer aquilo que de fato é bom. 

Barsi apostou em uma vida simples e se casou com Magaly, uma antiga funcionária de corretoras. Desse casamento, nasceu a filha Louise. O investidor, originalmente despreocupado, só passou a cuidar de fato da sua saúde quando passou ileso por dois infartos. 

O investidor exposto

Barsi tem uma relação de amor e ódio com os bancos. Prova disso foi a aquisição dos papéis bancários que o catapultaram para o primeiro bilhão. O investidor apostou no Santander quando surgiram boatos de que iria falir, indo na contramão do mercado. 

Sem dar muita bola para a especulação, manteve-se apostando em ações baratas que pagavam bons dividendos. Assim, conseguiu bons resultados. Mas nem sempre as operações com os bancos foram bem-sucedidas. Algumas das instituições das quais tinha ações foram vítimas de fraudes e faliram. É o caso do Banco Econômico e do Banco Nacional. 

O visitador

Visitar empresas se mostrou uma estratégia excelente para investir. Barsi era capaz de pegar nas entrelinhas coisas além da cotação. Por isso, tornou-se um visitante incômodo, que perguntava aos funcionários suas ambições e seus projetos de futuro. Era um dos poucos investidores frequentadores das assembleias de acionistas. 

Foi assim que antecipou a compra do Nossa Caixa pelo Banco do Brasil. Após uma conversa com a gestão, deduziu que a aqusição seria logo concretizada e se encheu de papéis do banco paulista. A aposta se mostrou correta e as ações se valorizaram. 

O homem de família

Barsi também é um homem de família. Sofreu quando sua mãe começou a desenvolver sintomas de Alzheimer e se esforçou para ser mais presente. Depois da quebradeira dos bancos e dos sustos com saúde, Barsi aproveitou mais a família viajando para Gramado com a filha Louise e a esposa Magaly. 

Mas esse período foi acompanhado de uma nota triste. Sua mãe faleceu aos 92 anos. Até os 80, viveu sozinha, autônoma e realizando todas as tarefas da casa. Com o Alzheimer, passou a ser uma companhia nostálgica que contava para todos histórias antigas. 

O investidor inoxidável

Barsi mostra como as crises são excelentes oportunidades de investimento para investidores atentos. Comprou barato as ações da Unipar, uma empresa de cloro e soda que passava por uma grande crise. Só que Barsi sabia o que estava fazendo e sustentou sua posição de manter ações da empresa, mesmo sendo assediado para vendê-las pelos outros acionistas, que desejavam fechar seu capital. 

Após uma década de crise, as ações da Unipar finalmente se valorizaram e geraram um lucro altíssimo. O segundo bilhão de Barsi veio da Unipar. Sua reputação o deixou em alta na gestão da empresa. 

O guerreiro

Barsi tinha também investimentos em empresas que sofreram reveses do dia para a noite. Um exemplo é o da Eternit, uma pagadora de gordos dividendos do ramo da construção civil e da produção de telhados. Repentinamente, a empresa entrou em crise com a proibição do amianto. 

Isso gerou conflitos com Lírio Parisotto, o maior acionista da empresa. Barsi acreditava na manutenção do estilo tradicional da empresa e Lírio na busca por alternativas. A empresa buscou um caminho do meio e teve resultados mistos. 

O turrão

Os investidores experientes e bem-sucedidos também erram. Barsi conta como fracassou ao acreditar na promessa de dividendos da Oi. A empresa de telefonia fechou as portas pouco tempo depois. O investidor também se frustrou com o fechamento arbitrário do capital da Embratel, contra o qual contestou. 

Só que Barsi também deixou um legado. A filha Louise herdou a vocação de investimentos do pai e, junto com outros dois sócios que também aprenderam a investir com Barsi, fundou uma empresa para espalhar suas lições. 

O louco dos dividendos

Nem sempre o pagamento de dividendos é constante, ainda que seja um investimento confiável. Às vezes, surgem variações, principalmente quando as empresas param de pagar ou reduzem os valores. Para esses casos, Barsi enfatiza a importância de ter paciência e crença nos fundamentos da estratégia de investimento. 

Se a empresa for realmente promissora, vai voltar a pagar. O investidor também procura manter uma boa relação com a gestão das empresas nas quais investe. Quando a Cosan mudou de dono, Barsi entrou em contato com o antigo proprietário para saber se, na sua opinião, a empresa continuaria sendo confiável.

O polemista

Barsi criou polêmica ao dizer que Dilma merecia um “beijo na boca” por sua política de energia elétrica derrubar as ações da Eletrobras. Afinal, para ele, crises são oportunidades. A recessão provocada pela pandemia, por exemplo, trouxe a possibilidade de investir na cambaleante IRB. 

Mesmo com críticas, Barsi não deu bola para o mercado e manteve sua convicção na reestruturação da empresa. O mesmo vale para a Cielo, que perdeu uma grande fatia do mercado, mas que Barsi acredita na recuperação. Para ele, o segredo não é especular, mas comprar projetos. 

O filósofo

Para os que o consideram muquirana, Barsi discorda. Na verdade, se considera até gastão. Só que faz isso com racionalidade. A maior parte do seu dinheiro é reinvestida em boas oportunidades de conseguir bons dividendos. Seu motor é o medo de voltar a ser pobre e de viver como vivia no Quintalão. 

Barsi acredita que é preciso investir cultivando a mentalidade de pequeno dono. Para quem quer começar, o caminho é o mesmo há décadas. Basta comprar ações e reinvestir os dividendos. Sempre tendo em mente que ações são uma alternativa viável à renda fixa capaz de garantir o futuro.

Notas finais

A “mentalidade de agiota” fez com que muita gente achasse que a “perda fixa” da caderneta de poupança e a previdência pública são as únicas alternativas para conseguir uma renda confiável. Barsi usa a experiência de suas bem-sucedidas décadas investindo para desafiar a visão tradicional e mostrar que ações são um investimento que vale a pena.

Dica do 12min

Luiz Barsi Filho revelou o caminho para criar uma carteira previdenciária com ações. Só que o primeiro passo é organizar as próprias contas. O investidor Gustavo Cerbasi conta como fazer isso no livro “Como organizar sua vida financeira”, também disponível em microbook aqui no 12 min.

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Quem escreveu o livro?

Luiz Barsi Filho é o maior investidor pessoa física da bolsa brasileira. Teve origem humilde, foi filho de imigrantes e já... (Leia mais)

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